Abril!

Alguém dá um stop no tempo por mim?! Rs!
Abril chegou com tudo, hein!

No domingo de Páscoa aconteceu um terremoto aqui perto da Califórnia.
Na divisa entre Califa e México, que é exatamente a região que eu moro. PENSE no susto!
A casa balançou legal, rs!
Ao menos posso dizer que já presenciei um terremoto na escala 7.2...

Poxa, estava tentando postar algumas fotos, já que faz um bom tempo que não coloco por aqui, mas o blog não tá colaborando... Tentarei da próxima vez!

Triste essa chuva toda de uma vez no Rio, né? Cada hora é algum lugar do nosso planeta sofrendo com as intensidades de tudo que é desastre natural.
Infelizmente a tendência é piorar,... é nessa horas em que precisamos unir-mos uns aos outros. Solidariedade precisa prevalecer, não somos nada sozinhos!

Falando em ser sozinho, indico um texto de um cara muito sábio chamado Osho, muito inspirador seu ponto de vista quanto à nossa essência. Queria muuuito que tivesse sido eu a autora do texto, simplesmente diz muita coisa que compreendi nesses últimos 6 anos.

Desde que aconteceu o meu acidente, e fui ''forçada'' a dar um tempo em tudo que estava vivendo, entendi que o que me aconteceu era como um sinal de que eu devia olhar para dentro de mim e despertar a pessoa melhor que eu era capaz de ser, pois há muito eu estava ''dormindo'' e precisava acordar para entender o quão rara é a vida e o quanto somos preciosos. Nessa busca de melhorar quem sou, compreendi que todos nós somos sozinhos, o que me fortaleceu demais.

Lembro que foi um alívio assim que fui recuperando o movimento dos meus braços e consequentemente mais independência. Assim como as minhas dores estavam melhores, o que me permitia ficar mais sentada na cadeira de rodas e, finalmente poder sair com os meus amigos. Pois, uma das coisas que mais me deixou abalada no início era não poder sair, me divertir com as pessoas da minha idade, confesso - as minhas prioridades eram supérfulas e mega fúteis. Acho até compreensível devido a minha idade na época, eu tinha apenas 16 anos. Me recordo o quanto isso me afetava, tudo o que eu queria era poder me divertir, sair com meus amigos como sempre fazia antes do acidente.

A fuga da minha nova realidade - a cadeira de rodas - era justamente não parar um minuto se quer, pois não me sentia bem em ficar sozinha, comigo mesma. Me vinham todos aqueles pensamentos que eu tanto fugia. Era como se não conseguisse me encarar no espelho, pois ver a bagunça interior que refletia me deixava muito deprimida.

Mas, cada um de nós tem o tempo necessário para despertar e ver que é hora de tomar uma atitude de coragem consigo mesmo. E foi o que fiz, me encarei no espelho e pensei: essa sou e eu preciso me amar, não gosto do que vejo por dentro, nem sei também por onde começar mas definitivamente é hora de faxina! E assim fui buscando dentro de mim sentimentos, pessoas e mágoas que precisavam ser resolvidas para poderem ser esquecidas e assim então, poder esquecer o passado e viver por mim mesma.

Foi um processo até que rápido, mas confesso que muito doloroso. Relembrar coisas que nos fizeram mal e que nos incomoda é sempre doloroso. Chorei muito, mas foi bom, pois eu pude perdoar dentro de mim tudo de ruim que me havia acontecido e aí sim, de repente senti uma serenidade e uma paz inexplicável. Só assim pude ter paz dentro de mim. Entendi que nós somos os únicos responsáveis por nossa felicidade, cabe a cada um não se deixar influenciar por nada de ruim que possa acontecer. Manter o positivismo, haja o que houver!

Foi a conquista mais importante que eu tive em toda a minha vida. Poder me libertar dos meus próprios medos, ressentimentos, culpas, enfim... Ver a fortaleza que eu conquistei dentro de mim! E também de poder silenciar meus pensamentos, um turbilhão de idéias que não vinham de mim e que só me deixava ''fora'' de mim e do momento presente. Agora, ficar sozinha e/ou fazer coisas sozinha é algo que eu me obrigo a fazer frequentemente, não sei explicar exatamente, mas a sensação de estar apenas em minha companhia me renova, fortalece. É o tal sentimento de estar plena e consciente e presente em cada momento.

Obviamente eu sou como qualquer mulher da minha idade que tem inseguranças, receios, etc. Sei que estou longe da perfeição, mas me sinto no caminho...
Afinal, nada como se conhecer bem para poder evoluir consciente de cada detalhe que nos acontece.

LINK: http://www.palavrasdeosho.com/2010/04/solitude-e-sua-natureza.html